Após cinco dias da eleição de domingo passado,
muitas máscaras estão caindo. Nas redes sociais o que se vê são eleitores
decepcionados com as escolhas dos seus partidos e dos seus candidatos.
Agora só restam duas candidaturas.
Uma representa a
elite e outra os pobres. Uma a continuidade do avanço social e outra o
retrocesso. Uma mostrou que sabe governar para todos dando ênfase as necessidades dos mais pobres. O outro mostrou, lá trás, que governa para os 1% dos afortunados do país.
Uma defende a diminuição do salário mínimo, o aumento do
desemprego, o fim do “assistencialismo” do estado brasileiro. O outro defende a
diminuição da desigualdade social, a manutenção do emprego, o fim da miséria
social.
E é lógico que candidatos derrotados e os futuros novos
congressistas, assim como nós eleitores comuns e os não tão comuns, os meios de
comunicação, as instituições públicas e privadas, onde houver um sopro de vida
nesse país, certamente terá que fazer a sua escolha.
A crítica que recebemos devido as escolhas que fazemos, é comum.
Muitas dessas críticas, são
desferidas contra os eleitores “não tão comuns”. Pessoas que muitas vezes, seus
seguidores e admiradores, se decepcionam com o caminho escolhido
por esses eleitores “não tão comuns”. Quanto maior o poder de influencia do homem, maior será seus críticos.
O Ronaldo Fenômeno, por exemplo. Houve quem tivesse
ficado surpreso com o apoio dado a Aécio. Mas, se formos buscar lá trás, veremos
com quem Ronaldo andava convivendo nos últimos tempos. Luciano Huck, Faustão, Galvão...
Todos tucanos.
Sempre haverá quem ainda surpreende seus eleitores/admiradores. O candidato Eduardo Jorge é uma dessas pessoas. O candidato a presidência, que
levantou suspiros nos debates, levando muitos eleitores a escolhe-lo,
decepcionou a muitos que votaram nele ao optar em apoiar Aécio. Eduardo Jorge é
do partido Verde, que a muito tempo [com Gabeira inclusive] tem sido um
adversário ferrenho contra os governos petistas e alinhado com os tucanos.
Inclusive há quem diga que o PSDB financia a campanha do Verde. Então, nada mais natural o Eduardo Jorge escolher o Aécio!
Uma outra escolha que está dando o que falar, tem
sido o PSB de Miguel Arraes, um partido de lutas às causas sociais. Que militou,
até pouco tempo na defesa dos mais pobres chegando a ter seus membros
perseguidos, torturados, mortos e expulsos do país, no período da ditadura. Mais
que de repente, se ver numa simbiose com o PSDB.
A escolha dos “socialistas” por Aécio, chancelada
pela maioria do partido, vai de encontro a espinha dorsal, o fundamento, a
cartilha do Partido Socialista Brasileiro.
Marina tem um “dom as avessas”, onde
ela entra trás consigo danos irreparáveis. Foi assim com Chico Mendes, foi
assim com Eduardo Campos, agora é no PSB. Ela está levando o partido lá pra
baixo. Não sobrará nenhum resquício de esquerda, no partido de Arraes. Marina é
uma pessoa que podemos dizer de sangue ruim.
Mas o que leva toda essa gente, que antes “militava
no campo da esquerda” apoiar Aécio Neves?
Todos querem ver suas ideias, por
mais mirabolantes que sejam, defendidas pelo candidato, caso ele seja eleito.
O
que queriam os presidenciáveis?
Um defendia a privatização da Petrobras [isso
Aécio também deseja], a legalização da maconha, o fim dos programas [esmolas] sociais
do governo, a perseguição aos grupos homossexuais, a proibição do aborto, o
aumento dos juros, o aumento do desemprego [tá faltando empregada domesticas no
mercado], a abertura do mercado nacional ao governo americano, acabar com as
relações com Cuba e com os países da América do Sul e África...
Quem se decepcionou com as escolhas de alguns
políticos e instituições públicas e privadas, e até mesmo de grupos de
profissionais liberais, após o primeiro turno, não foi enganado... Na verdade se
deixou enganar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário