No período dos
grandes golpes militares na região [nos anos 60], ocorreu exatamente como está acontecendo
nos dias atuais: a massa sendo usada como bucha de canhão, para atender aos planos golpistas de setores internos e externos dos países.
Havia na época os
articulistas dos golpes (países como os EUA), que propagavam as más notícias junto ao povo e os “amigos do povo", aqueles que surgem como redentores, salvadores da pátria ou o “mais
preparado para governar”. Era o grupo PRÓ-GOLPE.
Igualzinho ao que estamos vivenciando em alguns países no mundo.
Se formos verificar
a história recente do Egito, por exemplo, iremos encontrar esses personagens,
assim como na Ucrânia, nas manifestações no Brasil e na Venezuela.
O Egito vivia numa
ditadura que, pelo que parece, não satisfazia mais os interesses do grupo PRÓ GOLPE. Sendo assim, o caminho sempre é o mesmo: povo na rua fazendo
protesto, quebrando tudo e entoando gritos de "liberdade para todos!". O Egito que era governado por Hosni Mubarak, que foi acusado de
ter roubado dinheiro público, passou a ser hostilizado por manifestantes, que pediram sua
cabeça numa bandeja. O “povo” enfim, após meses de confronto com militares,
manipulados pelo grupo PRÓ GOLPE, tiveram como recompensa a renúncia, a prisão e o julgamento do Mubarak. O Egito saiu da
ditadura para a democracia [felizmente!]. Elegeram o presidente Mohammed Morsi,
que não era exatamente o que o grupo PRÓ GOLPE queria. Sendo assim: mais “revolução” social no Egito. Afinal, o povo egípcio já mostrou ser de fácil
manipulação. Estados Unidos e Inglaterra adoram esse tipo de povo. Massa de
manobra fazendo "revolução social". Sabe aqueles manifestantes que foram às ruas no Brasil com faixas: NÃO À PEC 37, sem sequer saber o que é uma PEC. Pois é! Impulsionados pela imprensa e por setores da sociedade burguesa egípcia,
destituíram Mohammed Morsi do poder no Egito. Mais uma vez o grupo PRÓ GOLPE, venceu. O que o povo não sabia e ainda não sabe, é que desde o início das manifestações,
quando ainda era o presidente do Egito Hosni Mubarak, o grupo PRÓ GOLPE
tinha um nome de sua preferência, para governar o país. Era o general Abdel Fattah
Al-Sissi. Homem de confiança dos responsáveis pelo movimento golpista. E agora, depois de muito conflito, tudo indica que o Abdel Fattah
será finalmente o novo presidente do Egito, com a missão de ser “pau-mandado” dos
articulistas do golpe.
O que está acontecendo no
Egito é o mesmo que tentaram fazer no Brasil em junho de 2013. É a mesma articulação
na Ucrânia e na Venezuela. A própria imprensa aproxima demasiadamente os
acontecimentos ucraniano e venezuelano, numa tentativa de manipular a
população de que é a mesma coisa. Ainda que sejam ações distintas, o grupo PRÓ GOLPE, alimentará seu público como sendo similares e, portanto, se deve tomar
as mesmas medidas.
Se o presidente ucraniano foi
destituído do poder, por que não acontecer o mesmo na Venezuela? E no Brasil!
Há
um forte interesse do grupo PRÓ GOLPE, em desestabilizar certos governos no
mundo. Brasil, Venezuela, Cuba e Argentina são apenas alguns que estão na
mira do movimento golpista.
Há, em cada um
desses países, um Abdel Fattah para assumir o governo. O redentor,
o salvador da pátria, o “mais preparado para governar” o país.
Para chegar lá,
articulistas (governos como EUA, Rússia, Inglaterra, entre outros), os propagadores
de más notícias (imprensa conservadora e elitizada) e setores da sociedade
(tipo: os cubanos de Miami ou a burguesia brasileira), exercem fortemente seu poder de mobilização e
manipulação sobre o povo.
Para isso se propaga
que os policiais na Venezuela agrediram de
forma descomunal os manifestantes de lá. Mas, a polícia de Geraldo Alckmin em São
Paulo, e do Sérgio Cabral no Rio de Janeiro, também. Já morreram doze manifestantes na Venezuela! No Brasil, morreram
onze. Mataram uma Miss, lá. Aqui, mataram um cinegrafista.
A imprensa sequer mostra o outro lado da história. Milhares de
pessoas estão nas ruas em apoio ao governo, também. Mas, o que interessa são os
confrontos daqueles que pedem a renúncia de Nicolás Maduro, para que o salvador
da pátria, Leopoldo López, possa governar o país e trazer paz ao povo
venezuelano. Veja! É sempre o mesmo procedimento e as mesmas ações golpistas. A imprensa conservadora da Venezuela está contra o governo, os EUA estão contra a Venezuela, setores da elite burguesa venezuelana estão contra também. Tudo igual!
Trazendo isso aqui para o Brasil, verificamos o quanto
seria oportuno para os que fazem parte do movimento PRÓ GOLPE, a destituição do
governo “Chaves”. Seria uma oportunidade de desqualificar o governo “Lula”.
Trazer para dentro do governo de Dilma as possíveis mazelas do governo Maduro,
questionar as semelhanças, suas proximidades, os acordos e os projetos e parcerias entre os dois governos.
É preciso ser forte para não cair nas armadilhas do grupo PRÓ GOLPE. Só sendo da qualidade de um Fidel, um Chaves ou um Lula, para resistir
a eles.
O que me deixa curioso é imaginar qual será o Abdel Fattah que os golpistas querem para o Brasil?
Há muitos candidatos!
Para terminar, cabe aqui um parágrafo sobre o espaço dado ao Senador Tucano
Álvaro Dias ontem no JN, sobre a “omissão” do governo brasileiro sobre a
situação na Venezuela. Disse o senador: “O
governo brasileiro deveria adotar uma postura altiva de condenação do arbítrio
e da prepotência que há na Venezuela... restabelecimento dos direitos humanos
que estão sendo violados, inclusive com mortes, além de perseguição a
jornalistas, censura, afronta brutal contra a liberdade de imprensa”. Seria
cômico, senão trágico, se o senador não tivesse conhecimento do que está
acontecendo em Minas Gerais. Existe um Jornalista que está sendo mantido preso
por acusar de desvio de dinheiro público, um candidato à presidência, do
partido do senador.
Alertai-vos!!
Cuidai-vos para não serdes enganados!
Eles não agridem, eles simplismente tentam controlar a baderna que os próprios manifestantes fazem...
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