Até ontem, foram mais de 57.500 mortes por COVID19.
Desde a primeira morte até aqui (105 dias), temos em média 550 mortes diárias.
Seria como se caísse, nos últimos 105 dias, um Airbus A380, cada um, com 500 passageiros, todos os dias.
Fosse assim, daríamos a devida importância ao problema?
Fosse assim, daríamos certamente a essas pessoas e a todos nós a opção de não pegar o Airbus A380.
Aí um desses idiotas bolsonaristas me lembra, de maneira sarcástica, que no Brasil "as pessoas morrem, Mil ton, de desastres, assassinadas e de outras doenças".
É muito difícil, nos dias de hoje, fazer pessoas mal-intencionadas ou ignorantes entenderem que, não fosse o vírus, certamente essas quase 58 mil mortes não teriam acontecido.
Que haveria de ter sido tomadas medidas para evitar a "queda de tantos Airbus A380".
Que as pessoas no Brasil até podem morrer atropeladas por carro, de bala ou por falta de atendimento num hospital, mas as causas dessas mortes estão, na maioria das vezes, ligadas a razões e motivações sociais, políticas e comportamentais.
A pandemia é um evento aleatório. Que influencia não só a saúde do povo brasileiro, mas, dos povos do mundo.
O planeta sobrevive com as mortes de brasileiros por acidentes, tiros e demais causas. Mas, certamente, não viverá em tranquilidade sabendo que brasileiros morrem infectados pelo coronavírus.
Haveria, portanto, de ter mais atenção do governo federal e de parte da população que foi na onda de minimizar a pandemia. Diferente do que aconteceu na grande maioria dos países.
Era impossível impedir a disseminação do vírus, mas o governo federal e seus seguidores contribuíram para o agravamento do mal.
Se tivesse havido liderança, empatia e comprometimento do governo, muitas mortes teriam sido evitadas.
Muitos Airbus A380 não teriam caído.
Ainda dá tempo de salvar vidas.

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