A estupidez do governo brasileiro está levando o país a perder comércios bilionários. Como não bastasse entregar setores estratégicos aos EUA, como petróleo, a base de Alcântara e a Embraer, o governo dá as costas para parceiros importantes - China, Arábia Saudita, Venezuela, entre outros - só pra poder sair bem na foto ao lado de donald trump.
É verdade que esse alinhamento com os EUA vem desde o golpe de 2016. Com a chegada dos golpistas ao poder, serra no Itamarati e depois o aluísio nunes, o Brasil passou a ter olhos quase que exclusivamente para os norte-americanos. Agora, com a chegada do bolsonaro ao Planalto, ficou mais explicita a subserviência desse país àquele.
Com a Venezuela, por exemplo, desde o golpe pra cá, o comércio com o país vizinho, diminuiu consideravelmente. Passou de 5 bilhões de dólares anuais para pouco mais de 1/2 bilhão.
O governo de bolsonaro, como um "cãozinho de madame", iniciou sua agenda dos 100 dias de governo atacando desafetos dos EUA e de Israel. Ao invés de se manter neutro dos conflitos internacionais, tomou pra si as desavenças dos dois parceiros brigões.
Agrediu a comunidade árabe com o discurso de mudar a embaixada brasileira de Israel para Jerusalém. Tudo para satisfazer as vontades do governo netanyaho e trump, além é claro, por promessa feita em campanha a uma parte da comunidade evangélica brasileira.
Sobre essa última parte escrevi em:
http://emiltonx.blogspot.com/2018/12/o-furor-por-benjamin-netanyahu-no-brasil.html
Mas afinal, o que resultou esse discurso de bolsonaro sobre a embaixada? Até agora não houve nenhuma mudança, o governo está em falta com seus eleitores evangélicos e, perdeu grandes negócios com os países árabes. Leite, frango, soja, carne bovina e tantos outros produtos que antes eram comercializados do Brasil para Ásia, deixaram de ser comprados ou a quantidade diminuiu consideravelmente.
A visão do governo é tão estúpida que até os vizinhos estão sendo colocados de lado. O governo só tem olhos para os EUA.
Voltando ao comércio Brasil X Venezuela. Passamos de grandes parceiros comerciais a inimigos de guerra. Tudo porque o trump exigiu do governo brasileiro uma postura de agressão contra o país latino. Desde antes de eleito presidente, bolsonaro e família já ventilavam a ideia de tirar o Maduro do poder. Tirar! Ousadia e desrespeito puro.
Agora a China!
Atacou, criticou, gracejou com a China. Acusou o país de ser um predador, de está "comprando" o Brasil. Pensar mal de um parceiro é uma coisa. Agora falar o que pensa sobre ele, resultará em agravo.
Pois foi isso que fez a China. Deixará de comprar a soja brasileira e comprará a soja justamente àquele país que instigou bolsonaro a criticar a China. Isso mesmo! Os EUA. A diferença da balança comercial entre os dois países em 2017 foi em prol do Brasil em mais de 19 bilhões de dólares.
Quem deve está em "festa" e satisfeitos com o voto dado ao presidente em outubro passado, são os ruralistas. São quase 350 mil toneladas de soja produzida no Brasil, que perde um comprador em potencial.
O que os ruralistas vão fazer com a soja que, eventualmente seria vendida a China? Sem falar que essas reações, elas ocorrem em "cadeia". Ou seja: outros países deverão deixar de comprar ao Brasil, não só soja, mas outras commodities.
Pensando com a cabeça de um eleitor de bolsonaro:
"Quer saber! Não vai fazer falta. São apenas 1 bilhão e 400 milhões de chineses. Só corresponde a 1/5 da população mundial. Um negocinho comercial de nada que o Brasil perdeu. Os ruralistas nem vão sentir essa perda insignificante. Esse governo é extraordinário! Supimpa! O importante é o alinhamento com os EUA, custe o que custar! Os ruralistas entenderão".
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