sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Foto símbolo da idiotice brasileira contra os médicos cubanos



Essa foto será exposta nos livros de história, eternizando a postura imoral, anti-ética e  hipócrita da direita brasileira, em especial, da classe médica burguesa e racista, ao recepcionar os médicos cubanos que chegavam ao Brasil em 2013, para atender uma parcela da sociedade carente de atendimento médico, algumas até, que nunca havia tido contato com médico, antes. 

A foto impressiona mais, porque são jalecos brancos brasileiros que estão a expor seu preconceito, seu sentimento racista e intolerância.

Essa imagem é do estado do Ceará, no Nordeste brasileiro, mas por toda parte do país a receptividade foi dessa forma. Em alguns lugares, até mais agressiva, repugnante e vergonhosa. 

Como será que são recebidos os brasileiros nas Universidades de Cuba?

Diferente do que quis fazer parecer o Conselho Federal de Medicina, o Dr. CFM, no início do Programa Mais Médicos, e o presidente eleito, agora, a medicina de Cuba é um exemplo para o mundo e milhares de profissionais de saúde estão em lá aprendendo seu método humanitário de salvar vidas.

O Conselho Federal de Medicina foi, nos primeiros anos do Programa Mais Médicos, o principal incentivador dos protestos e atos de preconceitos contra os cubanos. Havia médicos de outros países, mas, o Dr. CFM instigava a atacar em especial os cubanos. Se fôssemos definir o caráter do profissional de saúde do Brasil pelo CFM, seria desastroso. Um órgão xenófobo, truculento, preconceituoso e instigador de violência.  

Escrevi vários textos sobre o caso, na época 👇





Não conseguia conceber o porquê as pessoas estivessem incomodadas com um programa importante e necessário. Os cubanos não estavam vindo para o Brasil tomar o lugar dos médicos brasileiros. Eles estavam sendo encaminhados pra locais de difícil acesso, longe dos grandes centros, lugares onde os médicos brasileiros não quiseram clinicar. 

Então por que o medo?

A turma da "grobu" e do aécio, chamavam os cubanos de "escravos comunistas" ou "financiadores de governo ditadores". Eles não enxergavam a importância do programa.

E aí, quando nos deparamos com a realidade brasileira, onde o mesmo médico "dá expediente" em quatro, cinco, sete hospitais ou clínicas, muitas vezes estando em dois ou três lugares, na mesma hora, no mesmo instante. Como eles conseguem??!! Quando a gente percebe um médico brasileiro atender 40, 60 ou até 70 pessoas em uma hora de expediente num posto de saúde da família do bairro da periferia, sem sequer olhar na cara do paciente. Quando a gente sabe do uso de dedos de silicone e maratona de médicos entrando em hospitais, batendo o ponto e saindo as pressas para fazer o mesmo em outro posto de trabalho, aí a gente entende o porquê do medo dos médicos brasileiros.

É provável que nesse final de ano os médicos burgueses desse país, parte da população e o Dr. CFM, tenham motivo de sobra para comemorar. Afinal, após cinco anos, os cubanos, enfim, estarão deixando o país. 

Quem sabe agora essas médicas da foto poderão, sem usar o dedinho de silicone, ocupar as vagas dos cubanos. 

Parabéns aos profissionais de saúde do Brasil. 

É de "sentir orgulho" de vocês.

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