Quero agradecer aos amigos as palavras de conforto, as ligações recebidas e as mensagens escritas nas redes sociais, os abraços e apertos de mãos, sua solidariedade nesses dois dias mais tristes dos últimos anos. Não há nada mais cruel que perder alguém que amamos. Mesmo ciente de que “o ciclo é inquebrável” como disse um amigo, que todos nós caminhamos para esse fim, a dor da perda sempre será sentida.
À noite, quando se velava o corpo da minha irmã Tonha na igreja onde ela congregava, em Paulista, fui pra casa. Passei a noite inteira questionando a Deus, o porquê(?).
Minha irmã era uma pessoa boa, Senhor! Dizia eu a Deus. Há mais trinta anos fazia Tua Obra. Era cativa na igreja, participava das atividades cristãs, vivia o evangelho. Dividia seu tempo entre a família (filhos, netos e bisnetos) e a evangelização. Ao partir aos 67 anos, tinha muito ainda para realizar.
Tonha era uma dessas irmãs em Cristo que visita presídios e hospitais. Abraçava, sem medo, doentes enfermos e levava para eles o que tinha e sabia fazer de melhor: a palavra e o amor de Jesus Cristo.
Por mais de 30 anos não se ouvia de sua boca outro assunto, senão o evangelho.
Então por que, Deus?
Como um Técnico tira de campo um dos seus melhores jogadores? Por que um General de Guerra retira da batalha um dos seus melhores soldados?
Seu ministério era belíssimo de ver. Por onde passava "arrebatava" almas para o Senhor. Dava a todos seu próprio testemunho de uma vida difícil, fadigada do fardo pesado antes de seu encontro com Cristo. E de como tudo mudou depois da sua convenção.
Ao longo de anos, dizia eu a Deus, pouquíssimas vezes vi uma entrega tão profunda, de um ser humano a Obra do Senhor. Por que então não lhes desses uma sobre vida?
Lembrei do rei Ezequias, de sua oração a Deus. Do quanto o Senhor foi generoso com Seu servo ao lhe dar mais 15 anos de vida. Um homem justo, temente a Deus, incorruptível, leal, prudente e sobretudo, guardião da Palavra.
Busquei respostas para meus questionamentos. Li todas as mensagens no meu e nos perfis dos filhos e netos de Tonha. E foi numa dessas mensagens que Deus me deu a resposta.
“No tempo certo Deus recolhe os seus melhores frutos”
Se é isso, Senhor (!), recolhesses um dos seus melhores.
Talvez eu tenha procurado e encontrado a resposta para aquietar o meu coração, que há dois dias está aquebrantado e triste. Talvez, eu precise disso para poder segui caminhando em paz.
Não sei.
O que sei é que continuo acreditando naquilo que ela acreditava e que me dizia todas às vezes que me encontrava.
Deus é bom, irmãos!
Deus é bom!
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