O fato do assassinato do ex-presidente americano John
Kennedy, é sem sombra de dúvidas um acontecimento que marcou o mundo e principalmente
o povo americano. Mas, a ênfase com que nossa imprensa tratou o aniversário da
morte (50 anos) do líder americano, despertou certa preocupação. Afinal, o povo
brasileiro deve ao mandatário americano, tanto sentimentalismo, tanto pesar
pela sua morte e, mais ainda, devemos lembrar o caso como se fizéssemos parte
dele?
Ao longo de mais de quinze dias, jornais impressos trouxeram, não só a morte, mas, a vida do ex-presidente. Esqueceram, no entanto, da parte que mais interessa a nós brasileiros, a participação dos EUA no golpe de 1964.
A imprensa brasileira adora os heróis internacionais. Se forem americanos ou ingleses, então! Enquanto nossos heróis, os nacionais, são
esquecidos pela mídia, ela propaga os heróis dos países que ela se espelha. A
nossa mídia gela, somente em imaginar que o povo brasileiro nasceu da mistura
de negros, índios e europeus. Ela prefere o último grupo de descendentes, é claro! Talvez seja por isso que é difícil vermos correspondentes, do jornalismo brasileiro, na África.
O Lampião, o rei do cangaço, por exemplo, se tivesse nascido em qualquer
país da Europa, seria, reconhecidamente, um herói. Mas, no Brasil, é classificado
como bandido, desordeiro, assassino de mulheres e criancinhas.
A história de
Antônio Conselheiro seria motivo de orgulho, se o Arraial de Canudos tivesse
acontecido no Texas. Mas, como foi aqui, no nordeste brasileiro, classificam-nos
como “um bando de loucos”.
E assim vão enterrando nossos heróis.
Ao contrário de nós, os EUA gostam de inventar heróis. Os milhares de soldados
americanos mortos em guerras, todos eles são considerados heróis. Também aqueles
que exterminaram com a população indígena americana, foram aclamados como heróis. Os assassinos de negros, também.
Os
americanos são especialistas em exportar heróis.
Mas, é preciso ficarmos atentos, se preferimos os heróis americanos ou europeus. Podemos estar sendo enganados.
A primeira dama americana
Jacqueline Kennedy Onassis, relatou em sua biografia que "Eu simplesmente não posso ver
uma foto de Martin Luther King,
sem pensar, você sabe, que homem terrível". Mas, como pode ser isso! Um herói americano às avessas. Jacque, soubera de
John Kennedy, que Luther King organizava orgias com mulheres e amigos, uma festa do
sexo, quando viajava pelos EUA na sua conhecida “Macha da Liberdade”.
Está tudo aí. É só clicar:
Mas,
afinal, por que a imprensa brasileira chorou compassivamente no aniversário da morte de
John Kenndey?
Ainda mais, que na mesma semana (22/11/2013), era realizada a
exumação dos restos mortais do Presidente Brasileiro João Goulard.
A história desses dois presidentes se confunde em determinado momento. Lincoln
Gordon, embaixador americano no Brasil na época, viajou diversas vezes aos EUA para
entrar em reunião com John Kennedy e repassar sua visão sobre o governo
populista, socialista, do Jango. O governo americano temia que o Brasil viesse
a se transformar numa Cuba. Por isso, estreitou relação com setores da política
e da imprensa brasileira, num processo de desgaste do governo de Jango. John Kennedy, foi quem iniciou o Grande Golpe, contra o povo brasileiro.
Não
precisamos responder o porquê, de todo esse sentimentalismo da imprensa sobre a
morte de Kennedy. Já está bem-entendido!
A
imprensa, ao mesmo tempo que minimiza o processo do retorno da história
brasileira, com a exumação do corpo do Jango, ela defende o homem que iniciou o golpe e, ao mesmo tempo, apresenta um novo herói aos
mais jovens, John Fitzgerald Kennedy.
É assim que a imprensa brasileira deseduca seu povo.
É assim que a imprensa brasileira deseduca seu povo.
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