quinta-feira, 31 de outubro de 2013

PSDB protocola Projeto de Lei (PL) que transforma o programa Bolsa Família em política de Estado.













Pela primeira vez o PSDB volta atrás e decide aprovar um programa do governo petista. Causou surpresa a iniciativa do partido. Afinal, há dez anos os tucanos vêm sendo contra a toda e qualquer medida tomada pelo governo do PT.

Eles foram contra o ENEM, as Cotas para Universidade, o Mais Médico, a diminuição da conta de energia (vejam só!), a lei dos Portos, ao modelo do Minha Casa Minha Vida, a construção da nova malha ferroviária, a modernização dos portos e aeroportos...

Não importa se o que levou o PSDB a mudar tenha sido o desespero ou se foi um ato de coragem... O que interessa é que o partido acordou! Embora, se tomarmos como ponto de análise, a diminuição nos quadros políticos do partido a cada eleição, certamente percebe-se certo desespero frente à possibilidade de esvaziamento nos próximos anos.

Esse é o resultado de, ao longo de dez anos, os tucanos se preocuparem apenas em criticar e desconstruir os projetos e programas petistas. Esqueceram de criar seus próprios projetos e foram sendo esquecidos pela sociedade.

Infelizmente, a imagem que temos do PSDB é da P36 (Plataforma da Petrobras) afundando em alto mar. Ou as visitas de FHC ao FMI para pedir empréstimos. Ou ainda a entrega do patrimônio público, a preço de banana, como a “venda” da Vale do Rio Doce e do Setor de Telefonia.

Mais atual, a imagem do partido se confunde com a capa dos livros: Privataria Tucana e o Príncipe da Privataria. Ou com a emblemática história da Organização Criminosa, que há vinte anos, vinha desviando dinheiro do Metro de São Paulo, conhecido como Propinoduto ou Trensalão.

Ao apoiar os projetos do Governo Federal, Aécio Neves se distancia da postura “tacanha” de líderes partidários como: José Agripino, Roberto Freire, Jarbas Vasconcelos e do seu próprio correligionário Sérgio Guerra. Todos esses optaram, não só em criticar o Governo do PT, mas se posicionaram como verdadeiras barreiras, no intuito de derrubar, postergar, denigrir, destruir com o Governo. Transmitindo a sociedade, que havia mais do que simplesmente uma ação oposicionista. Demonstravam um ódio de classe.
Qual o resultado desse comportamento senil e autoritário? O DEM e o PPS estão definhando. Por pouco, Sergio Guerra, não levou o PSDB à extinção, com sua intransigência.  E Jarbas, conseguiu afundar o PMDB em Pernambuco. 

Agora, é certo que só o reconhecimento por parte do PSDB, da importância dos programas petista no processo de melhoria e engrandecimento da sociedade brasileira, não basta!

É necessário que o partido levante suas próprias bandeiras, dê início a seus próprios projetos/programas. 

O Aécio poderia, por exemplo, criar um projeto de Regulação da Mídia. Poderia usar, como base, a Lei de Médios instituída pelo Governo da Argentina.

O PSDB precisa defender uma proposta de impacto! Criar uma imagem! Ter a sua marca!

Já pensou ver os caciques tucanos discursar no plenário do Congresso Nacional, “... não podemos mais permitir que a Globo continue com monopólio da comunicação...”

Especificamente sobre a Lei de Meios, uma coisa é certa Aécio Neves: ou o PSDB se apressa em fazer ou aparecerá quem o faça.

Bem provável ser um petista.


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