A relação dos EUA com a Inglaterra, todos sabem, é de países
irmãos, de laços muito fortes e cumplicidade, também. Separados por quilômetros
de distância, os dois na maioria das vezes são uma só nação. Isso é fruto do
passado de conquistas em terras nas Américas, quando ingleses "largaram as saias" da rainha e desbravaram as terras dos búfalos e dos índios americanos. Em toda
guerra que os americanos participam, lá estão os ingleses. Assim é nas
negociações e resoluções. Não se consegue atingir apenas um, sem ferir o outro.
Assim como essa relação quase siamesa, entre os dois países,
a relação entre as empresas americanas com o governo americano é diferente de
tudo que existe no mundo. As empresas americanas se posicionam de maneira diferente nos EUA. Há uma questão de patriotismo.
Podem até culpar a rigidez das leis, mas, há muito de nacionalismo embutido nas ações de empresas americanas. Lá é muito difícil o governo vender o patrimônio estatal (as joias da coroa). Ainda mais por preço de banana.
Querer comparar, por exemplo, a relação da imprensa
americana com o governo americano e da imprensa brasileira com o governo
brasileiro, é querer comparar alhos com bugalhos. O patriotismo das empresas
americanas eleva (valoriza) a história, a pessoa do presidente, o país, o
governo, o povo e a nação. Aqui, no Brasil, a imprensa falseia, diminue, ataca o
governo, o país, o presidente. Diz que nada presta, nada serve, tudo está errado e por aí vai.
Portanto, a Exxon, British P e a British G, ao se negar a
participar do leilão do campo de Libra, mandou um recado ao Brasil, a América
do Sul e, por que não, ao mundo, que nenhum líder mundial deve cancelar um
convite do presidente dos EUA.
A partir da decisão do governo brasileiro em cancelar/adiar
a visita da Presidenta Dilma Rousseff, acendeu a luz amarela do governo estadunidense
sobre o Brasil e sobre a região.
Lá, assim como em todo o país, uma coisa é Obama e
outra é o governo Obama.
A partir daqui, alguns acontecimentos virão à tona. Só para se
ter uma ideia, o avião do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que fará uma
viagem a China, teve o espaço aéreo fechado pelos EUA.
Outra coisa: A mensagem de Dilma Rousseff a Obama,
cancelando/adiando o convite recebido do governo americano, já é considerada a mais
importante da região para o mundo nos últimos anos.
Cabe ao tempo mostrar, se o Brasil terá condições de
continuar crescendo e melhorando a vida de seu povo, caso os EUA e seus parceiros
(Inglaterra), venham fechar portas para os
negócios brasileiros.
Portanto, isso não tem nada a ver com “Intervenção Estatal” e
nem é motivo para a ANP se sentir frustrada. O Brasil deixou de ser o quintal dos EUA, como muitos países ainda são e, o governo americano, tem que aceitar.
Não vai ser fácil! O governo de Dilma Rousseff, certamente, irá sofrer
represália e perseguição. Ainda maior que a sofrida em 1964 por Jango.
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