sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O que está por trás da desistência das gigantes petrolíferas mundiais, no leilão do campo de Libra, do Pré-sal?

A relação dos EUA com a Inglaterra, todos sabem, é de países irmãos, de laços muito fortes e cumplicidade, também. Separados por quilômetros de distância, os dois na maioria das vezes são uma só nação. Isso é fruto do passado de conquistas em terras nas Américas, quando ingleses "largaram as saias" da rainha e desbravaram as terras dos búfalos e dos índios americanos. Em toda guerra que os americanos participam, lá estão os ingleses. Assim é nas negociações e resoluções. Não se consegue atingir apenas um, sem ferir o outro.

Assim como essa relação quase siamesa, entre os dois países, a relação entre as empresas americanas com o governo americano é diferente de tudo que existe no mundo. As empresas americanas se posicionam de maneira diferente nos EUA. Há uma questão de patriotismo.

Podem até culpar a rigidez das leis, mas, há muito de nacionalismo embutido nas ações de empresas americanas. Lá é muito difícil o governo vender o patrimônio estatal (as joias da coroa). Ainda mais por preço de banana. 

Querer comparar, por exemplo, a relação da imprensa americana com o governo americano e da imprensa brasileira com o governo brasileiro, é querer comparar alhos com bugalhos. O patriotismo das empresas americanas eleva (valoriza) a história, a pessoa do presidente, o país, o governo, o povo e a nação. Aqui, no Brasil, a imprensa falseia, diminue, ataca o governo, o país, o presidente. Diz que nada presta, nada serve, tudo está errado e por aí vai.

Portanto, a Exxon, British P e a British G, ao se negar a participar do leilão do campo de Libra, mandou um recado ao Brasil, a América do Sul e, por que não, ao mundo, que nenhum líder mundial deve cancelar um convite do presidente dos EUA.

A partir da decisão do governo brasileiro em cancelar/adiar a visita da Presidenta Dilma Rousseff, acendeu a luz amarela do governo estadunidense sobre o Brasil e sobre a região.

Lá, assim como em todo o país, uma coisa é Obama e outra é o governo Obama.

A partir daqui, alguns acontecimentos virão à tona. Só para se ter uma ideia, o avião do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que fará uma viagem a China, teve o espaço aéreo fechado pelos EUA.

Outra coisa: A mensagem de Dilma Rousseff a Obama, cancelando/adiando o convite recebido do governo americano, já é considerada a mais importante da região para o mundo nos últimos anos.

Cabe ao tempo mostrar, se o Brasil terá condições de continuar crescendo e melhorando a vida de seu povo, caso os EUA e seus parceiros (Inglaterra), venham  fechar portas para os negócios brasileiros.

Portanto, isso não tem nada a ver com “Intervenção Estatal” e nem é motivo para a ANP se sentir frustrada.  O Brasil deixou de ser o quintal dos EUA, como muitos países ainda são e, o governo americano, tem que aceitar.

Não vai ser fácil! O governo de Dilma Rousseff, certamente, irá sofrer represália e perseguição. Ainda maior que a sofrida em 1964 por Jango. 

Ciente da oposição que existe no Brasil (tanto a partidária como a midiática), será uma verdadeira batalha.

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