O wentraub está fazendo um trabalho primoroso no MEC, se analisarmos pela lógica bolsonarista, é claro(!). Uma lógica diretamente proporcional, onde quanto mais precariedade existir no ensino público, mais famílias correrão para colocar seus filhos nas escolas particulares. O que wentraub faz no MEC, o desmonte da estrutura educacional, o desastre do ENEM, a perseguição aos professores, entre outras maldades, nada mais é que um projeto de destruição da educação pública. Muitos se perguntam "como pode um ser ignóbil desses permanecer no MEC depois de tudo"(?), essa é aquela pergunta que já vem com a resposta explícita. Lembram quando disseram que "estuda quem pode"(?), pois bem(!), wentraub recebeu a missão, desse governo, de intensificar uma política de educação que não seja pública. Não mais Educação Para Todos! O Brasil caminha para um dos grandes ideários desse goveno que é a educação paga! O que ocorre no MEC está ocorrendo no SUS, no Programa de Reforma Agraria, na Assistência Social, no Meio Ambiente. Assim, eles tiram as possibilidades dessa parcela da população, "desagradável", de negros e pobres, de ascender ao poder por meio do ensino. O projeto de manutenção dos pobres em "seu devido lugar", não está explicitado somente no MEC, mas, em todas as áreas do governo. Na saúde com a diminuição dos investimentos, na agricultura e pecuária com o ataque aos pequenos agricultores do MST, na fila das 500 famílias do bolsa família, nos milhares de brasileiros que estão desesperados sem o benefício do INSS, na postura desagregadora do governo com a parcela de brasileiros desempregados, os famintos, os sem teto, enfim todos da classe pobre. Rico não faz ENEM, gente! Nem usa o SUS. Quando quer terra, o rico queima florestas, mata índio e todo aquele que ficar em seu caminho. Não existe desemprego entre os ricos! Portanto, o wentraub é apenas um entre vários agentes desse projeto nefasto de destruição que está só no começo e que agi como uma serpente, atacando os calcanhares dos pobres e miseráveis.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
quinta-feira, 23 de janeiro de 2020
Transformando o Brasil numa MERDOCRACIA
O Brasil é um campo vasto pra criação de denúncias. Há problemas sociais sérios(!), precisando serem discutido pela sociedade, justiça e política.
Enquanto isso, procuradores vivem em suas salas "coçando os ovos", ganhando salários de 30 mil mensais, tendo direito inclusive a benéficos como o auxílio moradia de 4,3 mil reais, mesmo tendo casa própria; deveriam parar de fazer política perseguindo os críticos do rei e protegendo seus assemelhados de caráter!
De mau caráter, pra ser mais claro!
Saiam de suas zonas de conforto, procuradores! Vão às ruas ver famílias inteiras vivendo debaixo de viadutos, crianças fora da escola, brasileiros com fome, pais e mães de família mendigando pão por falta de um emprego, postos de trabalhos sendo fechados devido a uma política econômica fajuta.
Procuradores(!), têm "lideres evangélicos" enriquecendo vendendo terreno no céu!
Parem de coçar seus ovos e saiam às ruas! Façam as denúncias que interessam ao povo desse país.
Uma floresta inteira está sendo consumida pelo fogo e a procuradoria sendo usada para atingir inimigos do moro!?
Chega de seletividade! Chega de proteção ao moro, ao aécio, aos filhos do bozo, a "grobu"!
Chega!
Que MERDA de país esses caras tão transformando o Brasil!?
Pra que serve a procuradoria?!!
"Jornalismo NÃO é crime" - todo apoio ao Glenn
No Brasil a verdade não pode ser divulgada. A mentira é quem dá a tônica nesse país, e não é de hoje. Acostumados com os noticiários da "grobu" e suas co-irmãs, os brasileiros são levados a acreditar nas mais claras mentiras propagadas pelo jornalismo tupiniquim. Ora divirtuam a notícia, ora omitem. Não importa! O que vale é manipular o gado. Pouquíssimos jornalistas remam contra a maré, mostrando o contraditório da notícia. Fazia muito bem isso, o Paulo Nogueira, Paulo Henrique Amorim e Alberto Dines, infelizmente já não estão conosco. Mas, ainda na trincheira, guerreiros do jornalismo, profissionais que não se curvam, temos o Nassif, o Bob Fernandes, Juca Kfouri e Kenedy Alencar. O Glenn, esse extraordinário profissional, que busca a verdade acima de tudo, não poderia ficar ileso da inveja, do arbítrio e do fascismo que impera hoje no Brasil. Se comungasse das mentiras da grande imprensa e dos lacaios que se dizem "jornalistas", certamente estaria vivendo um céu de brigadeiro. Bastava dizer em seu site o quanto o moro é honesto, o dallagnol é de confiança e o bozo um verdadeiro estadista. Pronto! Nada disso estaria acontecendo. Mas, gente de caráter é outra coisa! Aliás! Caráter é algo que você ou tem ou nao tem. E o Glenn tem!
#SomosTodosGlenn
Texto nota 10 - "politicamente, pior classe artística"
O Brasil não tem só a pior direita do mundo que tem sempre como projeto de governo, vender todo patrimônio do povo. Nem só a pior justiça do mundo que condena mais os descalçados. Nem só os piores "líderes religiosos" do mundo que mentem descaradamente no púlpito e ficam cada vez mais ricos com os dízimos e ofertas. Nem só a pior imprensa do mundo que manipula a notícia sempre em prol dos afortunados. Nem só a pior classe média que pisa nos mais pobres se achando rica. Nem só os piores generais do mundo que assistem calados a entrega das jóias da coroa. Nem só a pior elite do mundo que usa o Brasil apenas como fonte extrativista. O nosso país tambem tem, politicamente, a pior classe artista.
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Texto de Anderson França na Folha de São Paulo (21/01/20), uma aula de antropologia:
Silêncio sobre Roberto Alvim reinou entre o pessoal do axé, do sertanejo e do pagode.
Ontem foi comemorado, nos Estados Unidos, o dia de Martin Luther King. Um dos três feriados dedicados a personalidades, num país de poucos feriados, onde tempo é dinheiro.
Neste dia, instituições e pessoas são estimuladas a praticar ações humanitárias locais e voluntárias, em memória ao pastor batista e ativista de direitos civis assassinado em 1968.
No dia seguinte a sua morte, James Brown fez um show em Boston, aberto para o público, e não foi apenas seu melhor show, foi um marco histórico para ele, a comunidade negra e a sociedade. James Brown, no auge, se posicionou. Teve lado.
Aliás, é esse show dele que estou assistindo no Youtube pra escrever essa coluna.
Porque eu tenho que respirar muito fundo pra voltar pra realidade brasileira, onde reina o silêncio da classe artística sobre o que Roberto Alvim fez na Secretaria da Cultura.
E quando me refiro a “classe artística”, vou ser bem específico.
Não se trata de Zélia Duncan, que gravou um vídeo e botou a cara a tapa horas depois do discurso Goebbels-Alvim. Não se trata de D2 que foi ameaçado e processado pelo governador de São Paulo, João Doria, por dizer a verdade: que ele, governador, apoia, com sua metodologia de governo, o massacre de Paraisópolis. Não me refiro ao Tico Santa Cruz, que precisou dar um tempo porque estava basicamente mergulhado em ódio. Não me refiro ao Pedro Cardoso, um vizinho aqui em Portugal, que todos os dias se posiciona no Instagram, como uma pastoral diária, apesar de ateu, um homem mais lúcido que 99% dos religiosos que conheci, e olha que conheci religioso pra caralho, eis que filho do protestantismo.
Eu nem me refiro a Porta dos Fundos, que são alguns comediantes cariocas que abalaram a República.
Eu estou falando da classe artística que detém os maiores e mais gordos contratos. Da turma da cultura de massa. Das maiores emissoras. Dos maiores contratos com gravadoras e distribuidoras. Com agenda cheia pra propaganda de banco, de supermercado, de carro, de programa de auditório.
Eu tô falando do pessoal do pagodin.
Do sertanejo. Do axé. Do pop-funk-fuck. Do pessoal influencer.
Eu dei um passeio nas redes sociais de Thiaguinho, Mairara e Maraísa, Simone e Simaria, Ivetão, Anittão de Honório, Whindersson, Kéfera, um pessoal assim, que pega eventualmente umas boca nervosa de dinheiro, e percebi algo em comum em todos eles.
Eles estão num Brasil onde não tem pobre.
Quer dizer, tinha: eles.
Mas depois que Ivete vendeu muita quentinha num fusca enferrujado cheio de gangrena e sífilis, depois que Whindersson superou a fome extrema, a peste e a praga em Maceió, e quando eles chegaram “lá”, subitamente o Brasil virou uma Noruega, todo mundo usando moleton da Adidas, da coleção nova da Beyoncé, todo mundo recebendo bençãos do Senhor, muito corpinho sarado no Brasil, muita alegria, dinheiros, drinks, cachorrinhos, viagem pra Orlando, chorando emocionado na Torre Eiffel, porque ninguém nunca imaginou que um dia sairia de São Miguel Desgraça do Alto Caparaó, pra um provador de roupas da Zara, comprando tudo que pode em euro, com dinheiro de Youtube, música, caralho a quatro.
As sertanejas vivem num mundo que nem emoção tem. Tu olha pra cara dessa Maionese e Marinada, tanto faz falar da guerra no Iraque, do preço da carne, de uma cidade inteira inundada por lama tóxica, racismo, nazismo, qualquer merda: a cara delas é de paisagem, de nada, de vazio. Assim como não encontramos eco em suas redes, páginas, falas, presenças. Nada, absolutamente nada nessa classe artística é sobre o Brasil, e sim sobre uma bolha esmagadoramente ingênua, neo-branca, evangélica, fascista, oportunista, porque sabem o que é certo, mas preferem o que dá certo, essa classe artística, que poderia incorporar o papel relevante de influenciar para uma sociedade mais justa, se cala pra não perder uma merda de um patrocínio da P&G.
Lucram milhões com a cultura popular. Sertanejo nasce com o homem do campo. Axé music nasce com o povo negro oprimido. Pagode nasce nas rodas de Partido Alto no subúrbio do Rio de Janeiro. Essas pessoas ganham uma quantidade significativa de dinheiro parasitando as criações populares, o povo que lhes paga pelos ingressos, mesmo povo que é oprimido pelos governantes que eles, silenciosamente, apoiam, alguns até declaram mesmo. E patrocinadores que tão se lixando pra quem chora, querem é vender a porra do lenço. Roberto Carlos, que foi condecorado pelos ditadores, deixou cria.
Isso difere de gente no mundo todo. Jane Fonda, Joaquin Phoenix, que inclusive foram presos por protestos por direitos civis, Jay-Z, Beyoncé, comediantes, atores, intelectuais que protestaram com o #BlackLivesMatter, atrizes e comediantes feministas, gente que lucra muito mais dinheiro, que foi tão pobre quanto muitos dos citados aqui, subiram economicamente e peitam o sistema.
Aqui, fica essa egípcia. Quando muito, dão uns brinquedos em orfanato, pra passar de humanos. Mas não se importam. Há um Brasil que não existe, pra eles. E para nós, o Brasil deles também não existe.
Aí surge o Luciano Huck, que só agora se deu conta que Bolsonaro, que ele elegeu, veio pra acabar com tudo que a democracia construiu. Mas aí né, Luciano, me ajuda. Quando era com preto, gay, mulher, não era contigo. Agora, é tarde.
Essa Jovem Guarda Gospel. Jovem Guarda Influencer. Jovem Guarda SS que quer assinar todos os contratos.
Ou então, não será nada.